O caminhoneiro que sobreviveu depois de um grave acidente em Jaguariaíva, no dia 7 de junho, está de volta ao Rio Grande do Sul. Renato Varela de Oliveira, de 43 anos, ficou preso nas ferragens do caminhão durante cinco dias. Neste período, se alimentou apenas com as laranjas que transportava. Ele chegou por volta das 18h30 desta quarta-feira (20) ao Hospital de São Sebastião do Caí, na Região Metropolitana, onde vai seguir o tratamento para os ferimentos. A família do motorista mora no município.
"Ele ainda não vem para casa, mas ao menos está mais perto para a gente visitar todo dia", alegra-se a mãe. O estado de saúde do caminhoneiro é considerado estável pela equipe médica. Ele apresenta feridas profundas, de difícil cicatrização, que exigem troca frequente dos curativos. Além disso, há preocupação com a trombose que Oliveira tem na perna e, por isso, os médicos tentam remover o coágulo.
Ainda não há previsão de alta. No entanto, no dia em que o caminhoneiro sair do hospital, Maria Terezinha já sabe de que maneira irá comemorar com o filho. "Tomando um chimarrão. Renato me falou que quer muito", projeta a mãe.
Relembre a história
Renato perdeu o controle do caminhão em uma curva da PR-151. Como o local é de mata fechada, ninguém viu o caminhão que tombou na ribanceira. Ele havia saído do município de Avaré, em São Paulo, e seguia para Harmonia, no Rio Grande do Sul, para a entrega de uma carga de laranjas. E foi justamente a mercadoria que garantiu a sobrevivência do motorista.Ele contou que durante o período que ficou no local se alimentou das frutas que caíram na cabine. Apenas uma das pernas ficou presa nas ferragens e ele conseguia alcançar as laranjas.
O caminhoneiro foi encontrado pelo dono do veículo, pelo pai e por um amigo. Após quatro dias de desaparecimento, o trio decidiu refazer o trajeto de Renato para tentar localizá-lo, já que não tinham conseguido nenhum retorno das autoridades.
O grupo verificou que o caminhão havia passado pelo pedágio de Itararé, porém, não havia registro no próximo pedágio, o de Jaguaraíva. Então, passaram a olhar com mais atenção o trajeto entre as praças de pedágio até identificar o caminhão.
O trabalho de resgate de Renato exigiu cerca de quatro horas de trabalho do Corpo de Bombeiros.
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